30.9.08

Mentiras eleitorais: nossas conquistas não são bondade de prefeito nenhum

Nesta campanha eleitoral, o atual prefeito e candidato à reeleição Mundiquinho Batalha apresenta-se como amigo dos funcionários públicos. Entre as virtudes do “hômi”, seus cabos eleitorais destacam, entre outras coisas, o salário em dia dos funcionários e o aumento concedido aos professores. Será verdade que Mundiquinho é tão generoso assim? Vamos aos fatos.

A primeira mentira é atribuir a um gesto de bondade de Mundiquinho os salários em dia do funcionalismo. Quando Mundiquinho assumiu, os servidores municipais ficaram mais de dois meses sem receber pagamento. A intenção do prefeito não era só deixar esses funcionários sem salário, mas deixá-los sem emprego. Foi aí que o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Pio XII (SINSPPI) fez uma grande mobilização, denunciando o fato na imprensa, na Câmara de Vereadores e na promotoria de justiça. O prefeito chegou a ser cercado por manifestantes, que exigiam dele uma explicação para a maldade que estava fazendo.

Foi marcada uma reunião na prefeitura, com a presença de representantes do SINSPPI, vereadores, assessores jurídicos de Mundiquinho e o secretário de Administração, José Mário Rios de Sousa. O SINSPPI buscava do prefeito uma resposta para a pergunta de centenas de servidores aflitos: quando iremos receber nossos salários atrasados? Mas, em vez de obtermos como resposta uma data, a comunicação oficial de Mundiquinho, transmitida de maneira fria e lacônica pelo secretário José Mário, foi: “vão procurar a justiça”.

Foi o que fizemos. E vencemos: graças a uma ação na justiça, cerca de trezentos servidores receberam seus salários atrasados e seus empregos de volta. Assim, Mundiquinho percebeu que não seria fácil atrasar salários ou demitir servidores, com um sindicato combativo vigiando seus atos.

A segunda mentira é em relação aos salários dos professores. Não havia, nem por parte do prefeito, nem por parte da secretária de educação, Meirelene Froes, intenção em aumentar os salários dos professores. Até que, em abril de 2007, constatamos um aumento no repasse das verbas do FUNDEB. Em vez de anunciar que os servidores poderiam receber um aumento, a secretária de educação anunciou que... seria descontado entre 30 a 40 reais, depositados por engano na conta de algumas pessoas.

No dia 15 de maio, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Pio XII (SINSPPI) e o núcleo do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública do Maranhão (SINPROESEMMA) de Pio XII uniram suas forças e realizaram uma greve em prol de aumento salarial para os profissionais do magistério municipal. Depois da greve, foi formada uma comissão para negociar o aumento salarial. Depois de duas reuniões com a secretária de educação, chegou-se a um aumento que resultou num salário de R$ 666,57 (valor líquido). Uma importante vitória da mobilização e da greve realizada pelos professores municipais. Bondade do prefeito e da secretária? Não; o salário dos professores do município de Pio XII não é um presente de Mundiquinho, mas fruto da nossa luta e da greve que realizamos.

Outra mentira é em relação aos servidores municipais admitidos após o concurso realizado em 2006. Mundiquinho e seus cabos eleitorais tentam mostrar que esses funcionários devem a ele, Mundiquinho, o emprego que conquistaram. Vejamos os fatos. Mundiquinho sequer queria fazer concurso. Pretendia simplesmente continuar empurrando com a barriga uma situação irregular: centenas de pessoas contratadas ilegalmente pelo prefeito.

Mais uma vez o SINSPPI denunciou o fato ao Ministério Público, mostrando a necessidade da realização de um concurso público em Pio XII. Assim, no dia 19 de outubro de 2005, o promotor de justiça, Dr. Reginaldo Júnior Carvalho, elaborou um Termo de Ajustamento de Conduta, em que Mundiquinho reconhecia o excesso de funcionários contratados ilegalmente e comprometia-se a realizar concurso. Mesmo assim, Mundiquinho ainda tentou inviabilizar o concurso, com algumas cláusulas absurdas, como a tentativa de proibir algumas pessoas de realizarem as provas. O SINSPPI encaminhou nova denúncia ao Ministério Público – e o jeito foi Mundiquinho realizar o concurso. Nova vitória da luta sindical. Dessa forma, os servidores admitidos após o concurso de 2006, devem a eles próprios a conquista do cargo a que almejavam. Mas foi devido à luta do SINSPPI que o concurso foi realizado e não ao coração generoso de Mundiquinho.

9.8.08

Cadê o nosso PASEP?

Seguindo o calendário de pagamentos do PIS/PASEP, ontem, 08/08, os servidores que possuem as terminações 0 e 1 foram à agência do Banco do Brasil de Pio XII para receber o salário mínimo a que têm direito. Mas, chegando lá, vários servidores tiveram uma surpresa: o dinheiro não estava em suas contas. Ao procurarem a gerência do banco, foram informados que deveriam pedir explicações à prefeitura de Pio XII. Depois de se dirigirem ao departamento de pessoal da prefeitura de Pio XII, muitos servidores não obtiveram a explicação para esse estranho fato. Resultado: continua no ar a pergunta: Cadê o nosso PASEP?

Memória sindical: 2005 - Mundiquinho queria todos na rua da amargura

A partir dessa edição, o Dignidade Pública irá relembrar nossas lutas, nossas vitórias e nossa contribuição para que hoje os servidores municipais de Pio XII tenham um pouco mais de respeito do que tinham no passado. Para começar, vamos desfazer uma mentira bastante divulgada nesses dias, que diz que o atual prefeito preocupa-se com os servidores. A verdade é que em seus planos iniciais, o prefeito Mundiquinho nunca pensou em valorizar os servidores municipais e tratá-los com respeito. Vamos aos fatos?

Logo que assumiu, em janeiro de 2005, Mundiquinho colocou no olho da rua vários funcionários da Unidade Mista São Sebastião; assim, sem mais nem menos. Foi preciso que o SINSPPI entrasse na Justiça de Trabalho para que os funcionários voltassem para seus empregos. Vitória da luta sindical.

Mesmo assim, Mundiquinho e seu malévolo secretariado não desistiram. Inventaram, então, um recadastramento. Enquanto isso, os funcionários iam trabalhar, chegavam aos seus locais de trabalho e encontravam um capataz do prefeito que os mandava pra casa. Durante dois meses, 300 servidores ficaram sem pagamento. O SINSPPI procurou a prefeitura para que a situação fosse resolvida. As palavras do secretário de Administração, José Mário Rios de Sousa Sobrinho, foram: “vão pra justiça”.

A maldade de Mundiquinho e seus secretários consistia no seguinte pensamento: a gente tira o emprego deles, eles vão pra justiça, vai demorar mais de dez anos pra sair o resultado final dos processos e a gente se livra desses abestalhados. Pois é, mas esse plano diabólico deu com os burros n’água. Sabe por quê? Porque o SINSPPI denunciou o fato ao Ministério Público, que entrou com uma ação civil pública contra Mundiquinho. Resultado: no dia 10 de março de 2005, as contas da prefeitura foram bloqueadas para o pagamento dos servidores e ninguém foi demitido. Ou seja: no início de seu governo, Mundiquinho ia mandar pra rua da amargura cerca de 300 servidores e só não conseguiu graças ao empenho do SINSPPI.

Essas duas importantes vitórias em 2005 mostraram que algo de novo estava acontecendo na história de Pio XII. O recado que o SINSPPI deu para Mundiquinho vale para todos os futuros prefeitos: daqui pra frente nenhum prefeito vai poder governar como se tivesse um rei na barriga. É tão difícil entender isso?

31.10.07

No dia 8 de outubro foi lançado o edital para a eleição do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Pio XII (SINSPPI) para o triênio 2007-2010. Após o período de registro de chapas, foi criada uma comissão, composta por Luis Gonsaga Alencar de Castro, Neilza Jesus Alves de Almeida e Osvaldo Ferreira Sousa, que terá como tarefa organizar o processo eleitoral. A comissão registrou a inscrição da chapa “A Luta Continua”, cuja constituição segue abaixo. A eleição será realizada no dia 15 de dezembro próximo.

Chapa A Luta Continua:

Diretoria Executiva:

Coordenador Geral:

Iara Adriana Araújo Portilho

Coordenador Adjunto:

Jaqueline Cavalcante Martins de Lima

Tesoureiro:

Edilson Assis Silva

Diretor Administrativo:

Márcia Silva Rocha

Diretor de Formação Política e Sindical:

Maria Luciene Araújo Ferreira

Diretor de Integração Municipal:

Elza Silva Rocha Leite

Diretor de Assuntos Jurídicos:

José de Jesus Gonçalves Nascimento

Diretor de Comunicação:

Marcélio Lopes de Melo

Diretor de Educação e Cultura:

Maria Jucilene Simão

Diretor de Saúde:

Antonia Pereira Sales Neres

Diretor de Administração e Urbanismo:

Antonio Carlos dos Santos

Diretor de Agricultura e Ação Social:

Marta Rocha de Sousa

Diretora para a Questão da Mulher:

Vitória Lima da Silva

Conselho Fiscal:

Efetivos:

Francisco de Albuquerque da Silva

Maria Ednalva Morais

Evandro Moreira Silva

Suplentes:

Clemilton Amarante de Sousa

Nilson Lopes e Lopes

Valdisa Sousa Ribeiro Portilho

Suplentes da Diretoria Executiva:

Luiz Portilho Filho

Marinalva Lima da Costa

Cleudson Assis Silva

Alderina da Silva Freitas

Jeovânio de Oliveira Brandão

Maria Auxiliadora Ferreira Torres

Francisca Inácio Pinto

Elizângela Franciane de Oliveira

Francisca Pereira da Silva

Silvana Ferreira da Silva

Elisângela Sousa Oliveira

Antonia Sueli Ferreira da Silva Ribeiro

Hilton Alves da Silva Júnior

20.9.07

Ministério Público Estadual denuncia Mundiquinho Batalha por crime de falsidade ideológica

Está no Diário Oficial do Poder Judiciário do dia 16 de agosto de 2007: o Ministério Público Estadual, através da Sub-procuradora Geral de Justiça, Selene Coêlho de Lacerda, apresentou denúncia contra Raimundo Rodrigues Batalha, prefeito de Pio XII.

Segundo informações disponíveis no site do Tribunal de Justiça, Mundiquinho foi denunciado com base no artigo 299 do Código Penal (CP) e no artigo 1º, VI, do Decreto-Lei nº 201/67. O crime a que faz referência o referido artigo do CP é o de falsidade ideológica, que consiste em: “Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante”.

O artigo 1º do Decreto-Lei nº 201/67 fala sobre os “crimes de responsabilidade dos Prefeitos Municipais, sujeitos ao julgamento do Poder Judiciário, independentemente do pronunciamento da Câmara dos Vereadores”. Entre esses crimes está o de “deixar de prestar contas anuais da administração financeira do Município à Câmara de Vereadores, ou ao órgão que a Constituição do Estado indicar, nos prazos e condições estabelecidos” (inciso VI).

Pelo que o Dignidade apurou, Mundiquinho teria cometido crime de falsidade ideológica, ao declarar ao Tribunal de Contas do Maranhão que as prestações de contas do município de Pio XII haviam sido encaminhadas à Câmara de Vereadores. E, como nós, piodozenses sabemos, isso não é verdade. Desde 2005 que o SINSPPI tem denunciado, nas páginas e no site do Dignidade, que Mundiquinho não encaminha suas contas à Câmara de Vereadores de Pio XII.

Há apenas dois meses que Mundiquinho encaminhou as prestações de contas de 2005 e 2006 à Câmara. Mas não foi por livre e espontânea vontade que o prefeito de Pio XII fez isso. Mundiquinho só agiu assim depois que o Dr. Moisés Caldeira Brant, Promotor de Justiça da comarca de Pio XII, entrou com uma ação civil pública contra ele, por improbidade administrativa, acumulada com obrigação de fazer, com pedido de liminar, baseada no fato de que o prefeito de Pio XII deixou de enviar cópias das prestações de contas à Câmara de Vereadores.

As contas que tardiamente chegaram à Câmara estão sendo analisadas. No entanto, contabilistas contactados pelo Dignidade, já observaram alguns fatos “estranhos”, que começam a ser investigados com muito critério.

Enquanto isso, a população se pergunta em que estão sendo aplicados os recursos que são repassados mensalmente ao município de Pio XII. De 1º de janeiro deste ano até hoje, descontadas as deduções, Pio XII recebeu R$ 9.381.590,28 (nove milhões, trezentos e oitenta e um mil, quinhentos e noventa reais e vinte e oito centavos), segundo dados disponíveis no portal do Banco do Brasil na Internet.

Já fizemos esses desafio outras vezes: sr. Prefeito, por que o senhor não coloca uma placa na praça central da cidade, mostrando o total de recursos que estão entrando e em que estão sendo empregados? Se o senhor fizer isso, não estará fazendo nenhum favor ou caridade; estará apenas cumprindo com suas obrigações. Caso o senhor e seus secretários não saibam, o nome “disso” é transparência pública...

O total de recursos que o município de Pio XII dispõe mostra que, se houvesse boa vontade, transparência e diálogo com a população, seria possível diminuir alguns dos problemas pelos quais a cidade passa, que a faz permanecer entre as mais pobres do país. Seria possível, por exemplo, construir um orçamento participativo com a comunidade e, de acordo com a vontade popular e seguindo uma ordem de prioridades, investir na infra-estrutura de alguns bairros (Invasão, Vila Batalha, bairro Monteiro, Sabiá, etc) e povoados, que – entra prefeito e sai prefeito – continuam completamente esquecidos.

É possível também melhorar o salário dos servidores. O salário dos professores, por exemplo, não deveria ser inferior a mil reais. Existem recursos exclusivamente para isso (ou é preciso fazer uma outra greve para mais uma vez conquistarmos o aumento?) É possível também recompor os salários dos demais servidores: zeladoras, vigias, recepcionistas, atendentes de enfermagem, etc, que mantêm os seus salários arrochados desde a administração Veloso.

Esperamos que o trabalho desenvolvido pelo Ministério Público mostre ao prefeito e seus secretários que não mais é possível governar um município escondendo informações e tentando enganar a população, como tradicionalmente têm feito os políticos de Pio XII e como, infelizmente, insiste em fazer o atual prefeito Mundiquinho...

9.9.07

Por que os vereadores de Mundiquinho estão protegendo a secretária de educação?

Um simples pedido para que secretária compareça à Câmara quase vira caso de polícia. Isso aconteceu em Pio XII, Maranhão.


Em sessão realizada na Câmara de Vereadores de Pio XII, no dia 31 de agosto último, o vereador Georthon Portilho apresentou um requerimento solicitando a presença da Secretária de Educação de Pio XII, Meirelene Pereira Fróes Lima, para prestar esclarecimentos sobre o uso dos veículos da prefeitura de Pio XII, recursos do FUNDEB e relação dos professores pertencentes à rede municipal de ensino.

A solicitação do vereador Georthon já havia sido feita três meses antes, no dia 1o de junho, no plenário da Câmara de Pio XII, depois de a própria secretária ter se autodenominado uma pessoa “transparente”.

No entanto, na sessão do dia 31/08, o pedido do vereador Georthon teve que ser submetido à votação, para saber se a maioria dos vereadores aprovava ou não à ida da secretária à Câmara para prestar contas dos seus atos à população.

O resultado foi que... a maioria dos vereadores presentes votou contra a convocação da senhora Meirelene Fróes.

O presidente da Câmara, Davi Ribeiro da Silva, achou estranho que os vereadores não queiram que a Secretária de Educação vá à Câmara explicar ao povo os seus atos, uma vez que quem não deve, não teme.

Incomodado com as palavras do vereador Davi, o vereador Roberto Carlos Braga de Oliveira, um dos que havia votado pelo não comparecimento da secretária, reagiu de maneira nervosa, dando murros na mesa.

Não se imaginava que um simples convite para que uma secretária municipal comparecesse à Câmara para prestar esclarecimentos à população fosse se transformar numa novela de enredo tão esdrúxulo.

O que temem os vereadores, que protegem a secretária com esse “escudo” contra a transparência e a democracia? Pensam por acaso que ainda estamos na ditadura militar, quando a população não tinha direito de saber o que faziam os governantes?

Vereador Roberto Carlos Braga de Oliveira tem saudades dos tempos da ditadura...

O vereador Roberto Carlos Braga de Oliveira já é conhecido dos piodozenses por suas atitudes ditatoriais e por sua perseguição à esquerda e aos movimentos organizados. No dia 24 de junho de 2005, Roberto Carlos, junto com os vereadores Beneditinho, Claudinho, Zé do Trator e Georthon votaram contra a presença de um representante do SINSPPI (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Pio XII) na tribuna popular da Câmara, apesar de existir uma lei que permite a qualquer cidadão solicitar um espaço e expressar sua opinião na Câmara de Vereadores. Pela primeira vez na história de Pio XII impediu-se alguém de falar na Câmara de Vereadores.

No dia 10 de novembro do ano passado, o SINSPPI convocou a população para protestar em frente à Câmara, exigindo dos vereadores que convidasse o prefeito Mundiquinho para que explicasse a não aplicação integral dos recursos do FUNDEF, segundo relatório do Tribunal de Contas do Maranhão. Durante a manifestação, o vereador Roberto Carlos, num ato de desespero e falta de equilíbrio emocional, chamou as pessoas presentes ao ato público de “raparigas” e “baitolas” e, com medo de apanhar dos manifestantes, teve que sair da Câmara protegido pela guarda municipal.

É lamentável tanta falta de “decoro parlamentar”. Mais lamentável ainda é o parlamento municipal, ou, mais precisamente, os vereadores da “panela” do prefeito, fecharem os olhos para tudo isso.


Atenção, eleitores, foram estes os vereadores que votaram pelo não comparecimento da secretária:

Beneditinho

Daniel

Roberto Carlos

Zé do Trator (o vereador Claudinho absteve-se)

27.6.07

A UNIÃO FAZ A FORÇA:

PROFESSORES FAZEM GREVE E CONQUISTAM AUMENTO

No dia 15 de maio, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Pio XII (SINSPPI) e o núcleo do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública do Maranhão (SINPROESEMMA) de Pio XII uniram suas forças e realizaram uma greve em prol de aumento salarial para os profissionais do magistério municipal.

A paralisação foi realizada depois que se constatou um aumento no repasse das verbas do FUNDEB de Pio XII. Mas, em vez de tal fato representar um ganho no salário dos professores, aconteceu o contrário: Meire Fróes, secretária de Educação, e o secretário adjunto, Iranildo de Paiva do Vale, alertaram alguns servidores de que no mês seguinte seria descontado entre 30 e 40 reais, depositados por engano nas contas dessas pessoas... Ou seja: até a greve acontecer, não havia nenhuma demonstração, nem da secretaria de educação nem do prefeito municipal, de que queriam dar aumento salarial para os professores.

Assim, diante da “generosidade” das autoridades do município, a categoria parou no dia 15 de maio e formou uma comissão para negociar o aumento salarial. Depois de duas reuniões com a secretária de educação, chegou-se a um aumento que resultou num salário de R$ 666,57 (valor líquido). Uma importante vitória da mobilização e da greve realizada pelos professores municipais.

Contudo, é preciso avançar na luta, pois do total acima, 320 reais referem-se a gratificações, que não são incorporadas ao salário. Ou seja: o salário-base dos professores do município continua em 380 reais, o mínimo do governo federal.

Por essa razão, a mobilização continua (ver matéria abaixo).

SERVIDORES MOBILIZAM-SE EM PROL DE UMA POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL

Em Assembléia Geral realizada no dia 16 de junho, os servidores municipais de Pio XII discutiram a situação de desvalorização profissional por que passam e decidiram elaborar um conjunto de propostas para serem discutidas com a administração Mundiquinho.

A busca de diálogo com o prefeito vem acompanhada de uma série de manifestações públicas, para divulgar a urgente necessidade da criação de uma política de valorização dos servidores municipais. Entre as reivindicações da categoria estão:

  • Fim de todas as perseguições e de todos os “processos administrativos”, reconhecidamente fraudulentos e anti-democráticos;

  • Cumprimento de direitos trabalhistas previstos em lei;

  • Entrega automática dos contra-cheques de todos os servidores, no exato momento do pagamento do salário;

  • Criação do Piso Salarial Municipal (PSM), definido como o mínimo que todo servidor municipal deve receber;

  • Elaboração de um Plano de Cargos e Salários para todos os servidores municipais;

  • Calendário de pagamento dos servidores.

Ainda esta semana os servidores organizarão uma agenda de encaminhamento de suas reivindicações e de suas lutas.

PROFESSORES COM LICENÇA DE SAÚDE TAMBÉM TÊM DIREITO!

Alguns professores que estão fazendo tratamento de saúde não receberam o salário integral, depois do aumento conquistado na greve do dia 15. Segundo a secretária de educação, essas pessoas não têm direito ao aumento. Não é verdade. Segundo o site do MEC, “todos os profissionais do magistério que estejam em efetivo exercício na educação básica pública podem ser remunerados com recursos da parcela dos 60% do FUNDEB”. E: “os afastamentos temporários previstos na legislação, tais como férias, licença gestante ou paternidade, licença para tratamento de saúde e licença prêmio, não caracterizam suspensão ou ausência da condição do efetivo exercício”. Quer conferir? O endereço é:

http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Fundebef/peresptudo.pdf.


26.6.07

Dize-me quem é teu advogado e eu te direi quem és:

Um dos principais envolvidos com a Operação Navalha no Maranhão é advogado da administração Mundiquinho

Desde janeiro de 2005, o Dignidade Pública tem alertado a população e as autoridades sobre absurdos que têm sido cometidos pela administração do prefeito Mundiquinho Batalha. Mundiquinho e companhia têm pisoteado a Constituição em vários dos seus artigos.

Além disso, vários direitos trabalhistas têm sido negados, entre eles um dos mais elementares: o direito ao contra-cheque.

Não são poucas as irregularidades cometidas pela “administração caótica” de Mundiquinho, que tem como principal característica a falta de ética com que agem prefeito e alguns dos seus secretários. Lembremos de alguns dos abusos praticados pela atual administração:

  • Contratação irregular de funcionários, sem serem submetidos a concurso, contrariando a Constituição e – no caso dos professores – contrariando também a Lei de Diretrizes e Bases da Educação;

  • Nepotismo, com o emprego de uma vasta lista de parentes, indo contra recomendação da Promotoria de Justiça;

  • Desrespeito à liberdade de organização sindical, com perseguição a ativistas do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Pio XII;

  • Perseguição a servidores, enquadrando-os em “processos administrativos” de fachada, nos quais já estão previamente condenados, sem sequer saberem do que são acusados;

  • Não disponibilização das contas públicas, para que o povo possa ver onde está sendo gasto o dinheiro do município (fato estranho, nem as contas de 2005 nem as de 2006 foram mostradas à população, desrespeitando a Constituição e a Lei de Responsabilidade Fiscal);

  • Contratação de pessoas sem seguir a lista de classificação do último concurso, etc.

Tem ainda muita coisa que nunca foi explicada – como uma lista enviada pela prefeitura de Pio XII ao Tribunal de Contas. Nela aparecem servidores, em 2005, recebendo abonos; só que parte desses servidores jamais recebeu esse dinheiro. Nem o prefeito nem a secretária de educação souberam, até hoje, explicar essa história...

No dia 17 de maio, a Polícia Federal prendeu Alexandre Maia Lago, um dos donos do escritório de advocacia que presta assessoria jurídica à administração Mundiquinho Batalha.

Alexandre, sobrinho de Jackson Lago, governador do Maranhão, foi flagrado pela Polícia Federal negociando com a construtora Gautama, num esquema de corrupção que foi denominado “Operação Navalha”. Junto com Francisco de Paula Lima Júnior, Alexandre Lago foi acusado de receber 240 mil reais de propina.

Segundo O Globo, o diretor da Gautama no Maranhão, Vicente Vasconcelos Coni, tentava, junto a Alexandre Lago, uma aproximação com algumas prefeituras. Ainda segundo O Globo, “a transcrição do depoimento dado à ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça, revela que Coni 'queria fazer uma aproximação com as prefeituras' e 'levou umas cocadinhas' a Alexandre Lago”.

Tudo na administração Mundiquinho é confuso e sem transparência, típico de quem esconde alguma coisa e evita dialogar abertamente com a comunidade e com o movimento social organizado.

Logo, não é coincidência que Mundiquinho tenha entre seus assessores um advogado com esse perfil, pois a sua administração tem tido como uma de suas marcas o desrespeito às leis: dize-me quem é teu advogado e eu te direi quem és...